25.6.09

OPO, MAD and FNC | 3

Depois de ter vindo de Madrid, de ter aterrado no Francisco Sá Carneiro, em vez de ir directa para casa ainda fui às compras, ao Factory de Vila do Conde. Isto de as lojas em Portugal fecharem apenas às 23h dá algum jeito (LOL)! E depois, já em Braga, ainda fui ao Mac buscar um Sundae de chocolate. Foi o meu jantar/sobremesa.

No dia seguinte, sexta-feira 29, acordei cedo. Era o meu último dia no continente, e eu ainda tinha a minha mala por fazer para além de outras coisas pessoais. À tarde andei pela Av. da Liberdade e deparei-me com a Feira Romana. Nem sequer me lembrava desta festa. Estava um calor desgraçado, mas ainda dei por lá uma voltinha. Só se estava bem à sombra, e com água fresquinha. À noite, voltei ao aeroporto do Porto e rumei à Madeira.


A primeira impressão que tive quando cheguei à Ilha do Sr. Alberto João Jardim foi muito boa, apesar da escuridão e do silêncio da noite. No sábado, e quando andava pela rua principal do Funchal pensei para mim que devia estar praí em Hollywood. Aqueles táxis amarelos com as faixas azuis e as inúmeras palmeiras na estrada com o mar de lado, foi cá uma sensação!

Devo dizer que fiquei a conhecer a "capital" da Madeira de lés a lés, onde não falta o que fazer. Passear pela Marina, andar de teleférico, ir ao mercado dos Lavradores, descer nos carrinhos de cesto, fazer parapente são algumas das actividades a não perder. É um sítio fantástico. O sol e os bananais, a monumentalidade, a variedade florística, a diversidade paisagística: dos prados de montanha, aos picos abruptos. E o mar do Atlântico? A grande extensão do azul líquido, um máximo!

23
56
713
1018
 

Uma das jóias da Madeira é o Jardim Botânico do Funchal que é um centro pedagógico, um pólo de divulgação científica e um centro de conservação, mantendo, na sua colecção de plantas vivas, espécies já extintas, ou em vias de extinção, nos seus países de origem. Mas não é só, também há animais. No Parque dos Loiros é possível ver variados pássaros, papagaios como também cágados e pavões. Os pavões são os únicos que têm o direito de andar em liberdade (e eu cheia de medo deles). A melhor panorâmica do Funchal obtém-se deste sítio. Numa rua que vai ter ao Jardim fica o a casa do FCP da Madeira, e foi lá que assisti à final da Taça de Portugal, onde a equipa do Prof. Jesualdo Ferreira venceu ao Paços de Ferreira. Tinha de apoiar o Porto para o Braga ter direito a mais descanso em relação à nova Taça Europa!
 
O Parque do Monte é outro ponto que reúne imensos turistas (vi muita gente da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França). É coberto por espécies indígenas e exóticas, árvores centenárias e um ribeiro que corre. Tem coreto para festas, plátanos para sombras e uma fonte com a imagem da Senhora do Monte, e a Igreja, onde está o túmulo do Imperador Carlos I da Áustria, fica a escassos metros. A condução dos motoristas dos autocarros nas descidas do Monte para o Funchal é que... ui, ui! A emoção é melhor do que em algumas montanhas russas, podem crer (LOL)! Já agora, comprei um barrete de orelhas, e vou utilizá-lo no inverno, e o GIRO (cartãozinho para o transporte público) continua dentro da minha carteira. 

O Largo das Babosas é outra alternativa a juntar ao percurso. Os "carreiros" que não estão de serviço entretêm-se no jogo das cartas. Os outros já estão prontos para a descida, vestidos como manda a tradição. Camisa e calça branca, bota típica de pele e o chapéu de palha. Não esquecer de levar calçado apropriado a caminhadas porque o piso das zonas pedonais, feito à base de pequenas pedras de basalto, cansa mais do que ajuda. 

O Madeira Story Centre também é de realçar. Um museu moderno que conta toda a história sobre a ilha. Quem a descobriu, o que se fez, as figuras que são daquela Terra, etc. No fim, é possível beber uma poncha ou apenas relaxar um pouco no Lounge, ou então, quem quiser comprar uma recordação também o pode fazer.

Nos quatro dias em que estive na Pérola do Altântico apanhei as Festas da Sé. Os estrangeiros todos contentes a comer, beber, dançar pelas principais ruas da cidade. Umas Tunas da Universidade e bandas da Madeira actuaram ao ar livre. Foi divertido. Vou ter saudades da coral preta, da brisa de maracujá e do bolo do caco! De outra coisa também tenho a certeza, voltarei. Gostei mesmo da nossa Madeira.


2021
2225
2728
3132
Outra coisa engradaça foi a vinda para cá. O nosso voo em direcção ao Porto estava marcado para as 7h e pouco da manhã, na terça-feira dia 3, e eu teria logo ligação para Zurique, mas quando entrámos para dentro do Josefa D'Óbidos anunciaram que ainda não podiam levantar por causa do mau tempo (nublado) em Lisboa, como também no Porto. Ficámos ali sentados no avião uma meia-hora. Eu já começava a ficar preocupada por causa do outro voo que teria de apanhar. É que no dia anterior, o meu pai fez o favor de me melgar por eu não saber marcar viagens de avião em condições, disse ele que eu ainda ia perder o voo OPO-ZRH por causa da hora ser apertada. Claro, que quando ouvi o piloto a dizer que teriamos de esperar, as palavras do meu pai me vieram logo à memória. A Lili, para me deixar mais descansada, perguntou ao tripulante de serviço (segundo ela, bem giro o moço) se achava que eu ainda ia a tempo de apanhar o outro, no qual respondeu que se na Madeira havia atraso, em Lisboa e no Porto também teriam de haver algumas. Ok, só fiquei 10% a menos preocupada que anteriormente. Chegámos ao Porto e começámos a olhar para as gates, e qual a nossa sensação quando vimos o nosso bicho a ir para a número 35, a tal onde eu teria de embarcar porque fiz o check-in para Zurique directamente do aeroporto da Madeira e tinha o bilhete de embarque na mão. Nós só nos ríamos. Eu não queria acreditar que vinha para cá no mesmo avião. Um Sr. que estava sentado na fila atrás de nós (este é que era bonito!) e a ouvir a nossa doidice acenava com a cabeça que até ficámos a pensar que também viria nele, mas não, ficou por ali. Conclusão, saí do avião porque tinham de o desinfectar por causa da dengue, e depois tornei a entrar para ele. A tripulação também foi outra. E eu toda preocupada quando ainda pisávamos o chão da Madeira... Loucura total. E é assim que termino de falar sobre a minha última viagem. Em 12 dias, andei 6 vezes de avião e conheci 2 novos lugares. Foi bom, bastante positivo.

3 comentários:

Ana Ribeiro disse...

Grande descrição e tão cheia de pormenores. Gostei bastante, fez-me recordar a minha ida à Madeira à 2 anitos.

Beijinho

Patricia disse...

por acaso é um local que (ainda) não me suscitou muito interesse...
ainda bem que gostaste :)

beijos

dragao vila pouca disse...

Já não preciso de ir à Madeira.

Beijinhos