A ida a Roma (Day 2)

Costuma-se dizer que quem tem boca vai a Roma, e quem é turista procura informações turísticas, e foi o nosso caso. Tínhamos lido sobre o Roma Pass e nem tivemos de sair de 'casa' para o comprar. O proprietário do Bed & Breakfast em que ficámos tem os packs à venda lá. Trata-se de um cartão combinado com atracções turísticas e transporte público (bus, eléctrico, metro). O de três dias custa 25€ e é válido a partir do momento que é utilizado pela primeira vez. Tem como vantagem as duas primeiras entradas em museus serem grátis, e descontos noutras. É uma mais valia para quem fica pelo menos três dias. No pacote traz um mapa sobre a cidade, com as linhas de metro, os números dos autocarros, os pontos de interesse, incluindo os museus. Este Pass também pode ser reservado pela Internet e levantado nos Pontos de Informação Turística em Roma.

Il Colosseo

Com isto, decidimos que íamos gastar a nossa primeira entrada à borlix com o Coliseu, que é das mais caras, 12€, e dá também para entrar no Palatino e no Fórum Romano. E lá fomos nós, até à estação Ottaviano "San Pietro" para nos estrearmos no metro. Fomos, mudámos na Termini da linha vermelha para a azul, e saímos na segunda paragem. Estávamos às portas do Coliseu. E que coisa mais acertada que fizemos com o Roma Pass! Permitiu-nos ultrapassar as imensas e desesperantes filas para as bilheteiras, uma vez que existe uma entrada exclusiva para portadores do Roma Pass. Em menos de dois minutos estávamos dentro do Coliseu. Uma das sete maravilhas do Mundo. O mais belo e imponente monumento da época imperial romana.

Il Colosseo

 

Um espetacular estádio feito para divertir uma multidão de até 55 mil pessoas, palco das características formas de diversão romana, que diferentemente dos gregos, que faziam anfiteatros para apresentar teatro e música, servia como palco de lutas sangrentas de gladiadores, homens contra homens e homens contra animais selvagens. Dentro da obra podemos circular nos principais corredores e apreciar as vistas à distância.

Arco di Costantino

 
Ao lado do Coliseu, como se dele fizesse parte, fica o Arco de Constantino, construído com a finalidade de celebrar vitórias. 

Il Foro Romano

O Palatino é o de uma das sete colinas de Roma e turisticamente falando é um grande museu ao ar livre, o lugar onde estão o Circo Máximo e o Fórum Romano e a residência de imperadores como César Augusto, Tibério e Domiciano. 

Il Foro Romano

A Via Sacra é a avenida central do Fórum Romano, a qual une alguns dos pontos mais importantes de todo o complexo que vai do topo da Colina Capitolina até o Coliseu. Passear pelo Fórum Romano é a maneira mais impressionante e marcante de conhecer como era a vida da antiga Roma, a importância de Roma durante séculos no mundo. Os vestígios mais antigos de Roma encontram-se aqui.

Il Circo Massimo

 

O Circo Máximo foi uma arena antiga e local de entretenimento. Inicialmente foi utilizado pelos reis etruscos. Dizem que aquilo actualmente é um parque, mas de parque não vi nada. Encontrámos o recinto com equipamentos militares. Foi uma desilusão autêntica. 

Bocca della Verità

Não muito longe encontra-se esta célebre máscara que representa o Deus do Oceano: Bocca della Verità. É uma espécie de juiz, um detector de mentiras! Começou por detectar infidelidades conjugais. Os suspeitos metiam a mão dentro da boca da figura e esta poderia abatê-la em caso de culpa. Fazia cá um jeitaço nos tempos que ocorrem! Fica na Igreja Santa Maria in Cosmedin, na Piazza Bocca della Verità.

Dali, entrámos num autocarro e fomos até à Piazza Venezia. Demos de caras com o colosssal Monumento Vittorino Emanuel II, o considerado o Pai da Pátria. Disso falarei noutra postagem. Este foi outro dia em cheio. Cheguei a 'casa' completamente rota.

Fado; de Portugal para o Mundo!

Os portugueses têm um motivo para celebração. Este domingo, cinco anos após a candidatura, o Fado foi reconhecido pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade. A partir de hoje o Fado já não é apenas uma canção portuguesa, mas uma canção do Mundo.

[ "Canção do Mar", Dulce Pontes ]

25 Outonos... já cá cantam.

22.11.2011

Uma data memorável para mim.

[ Espero não passar pela crise de um quarto de vida. ]

Bosch de Braga deu a volta à crise

Vá lá, uma notícia boa para Portugal. A Bosch conseguiu dar a volta à crise e tem em Braga a maior fábrica de sistemas multimédia para automóveis em todo o Mundo. Já exporta 95 por cento da produção.

Estilo de casas que gosto @ 1

A ida a Roma (Day 1)

A vista da janela do quarto.

O primeiro dia ficou marcado com a visita ao Vaticano. Fiquei hospedada em frente à muralha, só havia uma rua a separar-me do menor estado independente do Mundo. E mesmo assim, não vi o Papa. As chances de vê-lo são limitadas, e não era minha prioridade encontrar-me com ele.

O Vaticano, é um dos lugares mais sagrados, e encontra-se encaixado no meio da cidade de Roma, é cercado por todos os lados. É testemunha de uma grande história e um formidável empreendimento espiritual. Dentro das muralhas deste estado encontra-se uma colecção única de arte e arquitectura, como as Basílicas de São Pedro e a de São João Latrão, a Praça de São Pedro, a Capela Sistina e a coleção do Museu do Vaticano. A visita ao Musei Vaticani pode levar um dia inteiro. Eu estive lá uma tarde, e foi sempre a correr.

Galleria delle Carte Geografiche

Está aberto todos os dias excepto aos Domingos, das 9h às 18h (as bilheteiras fecham às 16h) e os bilhetes custam 15€ (8€ para estudantes e outros descontos). No último Domingo de cada mês o Museu abre as portas gratuitamente até às 13h30. Nós fomos logo na sexta-feira, e não apanhámos fila nenhuma! Todos os dias vimos filas enormes. Para curiosidade, o palácio onde reside o Papa tem 5 mil quartos, duzentas salas de espera, 22 pátios, cem gabinetes de leitura, 300 casas de banho e dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas.



Basilica & Piazza di San Pietro



Na Praça de São Pedro encontra-se, naturalmente, a Basílica de São Pedro. É obviamente um local de peregrinação para os cristãos, à semelhança de Fátima, de Lourdes, ou de Santiago de Compostela. No centro da Praça está o obelisco egípcio ladeado por duas pequenas fontes projetadas por Maderno e Bernini.

Piazza & Basilica di San Pietro

Tratando-se de um lugar sagrado e também susceptível de ataques criminosos, à entrada na Basílica de São Pedro, que é livre, é feita uma revista às malas no raio-x e também ao traje dos visitantes. Quem se apresentar de calções, saias curtas ou ombros à mostra é-lhe pedido que os cubra ou volte para trás.

Interior da Basílica di San Pietro

Depois disso pode visitar o interior da Basílica, que é ricamente decorado, onde se encontram os túmulos dos papas, e encontrar algumas obras primas como La Pietà, de Miguel Ângelo.

Via della Conciliazone

De lá fomos a pé pela Via della Conciliazone, que nos leva ao Castelo e à ponte de Sant' Angelo. E deu para verificar que o percurso ao contrário tem outro encanto, tem a Basílica de São Pedro como fundo.

A construção do Castelo de Santo Ângelo foi iniciada a pedido de Adriano, imperador de Roma, no ano 135 d.C., a fim de ser utilizado como mausoléu familiar, às margens do rio Tibre. No segundo andar desse castelo se encontram as urnas que guardam as cinzas dos imperadores. Posteriormente, durante a Idade Média, esse castelo passou a ser uma fortaleza militar e, durante o Renascimento, foi a residência papal. pode-se apreciar uma vista panorâmica da cidade. De seu terraço superior, tem-se uma vista lindo do Rio Tevere, dos prédios da cidade e até mesmo do domo superior da Basílica de São Pedro, no Vaticano.



Castel Sant' Angelo

A construção do Castelo de Santo Ângelo foi iniciada a pedido de Adriano, imperador de Roma, no ano 123 d.C., para ele e sua família, às margens do rio Tibre. No segundo andar desse castelo encontram-se as urnas que guardam as cinzas dos imperadores. Posteriormente, durante a Idade Média, este belo castelo que está bem conservado passou a ser uma fortaleza militar e, durante o Renascimento, foi a residência papal. Do terraço superior pode-se apreciar a magnífica vista panorâmica da cidade.

Não :(

Braga é o distrito em que vai haver uma maior redução de freguesias (83,9%, ou menos 432 que as actuais)? Eu não quero que a minha desapareça!

Today's look @ 8

Já há algum tempo que não colocava aqui uma foto minha de vestido.

Hoje, decidi que era o dia de voltar a postar.

Fui convidada para ir assistir ao espectáculo anual da equipa de atletismo da minha sobrinha.

Como boa tia que sou, não poderia faltar à festa!

E pronto, fui assim.  À Outono.

11.11.2011

November is a good, good month.

Para o registo

É só para ficar registado, aqui, que nesta jornada europeia a equipa da capital do Minho foi a única portuguesa a vencer. Goleou o Maribor, da Eslovénia, por 5-1, no estádio AXA. E pronto, era só isto. :D

Fazer e desfazer malas...

Tão cedo não quero ouvir falar em viagens! Ainda há dias tinha voltado de Maiorca, mas esta sexta-feira voltei a andar de avião. Fui até à cidade mais católica da Europa: Roma. Devo dizer que esta última, cheguei há pouco a casa, já estava marcada desde o mês de Maio. Se tal não fosse assim, muito provavelmente não embarcava. Isto de chegar e voltar a sair nem deixa uma pessoa saborear bem as memórias. :P Agora, vou ali esticar-me um bocado no sofá. Adorei conhecer a capital de Itália (incl. o Vaticano).

Desconhecia isto!

Mergulhadores portugueses encontraram os restos de um avião suíço que caiu na Ilha da Madeira, no dia 18 de Dezembro de 1977. Sabem da melhor? Foi precisamente nesta data que os meus pais se casaram!

Tenho tanto para contar

Mas não tenho tido tempo! Como cheguei a dizer estive na ilha de Palma de Maiorca. Estive lá cinco dias. Soube mesmo bem, uma maravilha. E o clima? Calor! Eu que até já tinha andado à Inverno, eis que voltei a reviver o Verão. Nadei no mar Mediterrâneo. Aquela água é tão quentinha! A sério. É só chegar ao mar e entrar para dentro. A praia, essa estava quase deserta. Tínhamos aquilo mesmo só para nós. Foi bom, mesmo bom. Mas mais tarde, falarei de mais coisas.

"Big Girls Don't Cry", Fergie

Ao tempo que eu não ouvia isto! Esta música passou na rádio, hoje. Traz-me recordações, e que recordações. Estive perto de concretizar um desejo. Não deu, mas não fiquei triste. Sempre que ouço esta canção fico com uma sensação feliz, acima de tudo.

Vou relaxar...

Hotel Belvedere, TripAdvisor - San Agustin, ES (2011)

Hotel Belvedere, TripAdvisor - San Agustin, ES (2011)

Hotel Belvedere, TripAdvisor - San Agustin, ES (2011)

Desde ya

Voy a tener mucho gusto de revivir temperaturas superiores a 20°C.
(Nos últimos dias na Suíça: Abaixo de 10°C e chuva.)

Coisas de fim-de-semana | VIII

Este foi um fim-de-semana diferente. A minha mãe encontra-se de férias, e isto quer dizer que tivemos direito à sua companhia durante a manhã e no almoço de sábado. À tarde andámos nas compras. Nos ultimatos. Mais tarde vão ficar a saber do quê. Mas posso dizer que comprei uma nova mala de viagem e que estou completamente babadíssima por ela! É uma daquelas pequenas, com as dimensões de bagagem de mão de algumas companhias aéreas. É de cor cinzenta e laranja, e eu que não gosto desta última cor. Há coisas fantásticas, não há? À noite, fui jantar à casa de uns amigos. E o que é que houve como sobremesa? Castanhas! Finalmente comi castanhas assadas. Deliciei-me. Eu tinha de contar isto. :D

O domingo foi quase todo passado de volta do meu terrorista! O meu irmão e co. vieram almoçar a casa e ficaram até à noite. O meu sobrinho está tão grande. Parece que ainda ontem nasceu e daqui a três meses já faz dois aninhos. Como o tempo passa tão depressa. Não pára quieto um segundo. Destrói-me o quarto todo. É que não entra no quarto dos avós, é sempre no da tia. Tira-me as coisas que tenho nas gavetas e coloca-as no chão, liga e desliga o candeeiro da minha mesinha de cabeceira, vai à estante dos cd's e deita-mos todos ao chão. E claro, a tia no fim do dia é que tem de arrumar tudo. E eu com coisas mais importantes para tratar...

The Three Musketeers @ filme 10

 Realização: Paul W. S. Anderson

Actores: Christoph Waltz, Logan Lerman, Milla Jovovich, Orlando Bloom
Género: Acção, Aventura, Romance
Lançamento: 2011

[ "Um por todos e todos por um!" Cresci a ouvir isto!  ]

Eu gostei da conjugação da época clássica, com aquele guarda-roupa e as invenções modernas como os navios-voadores, juntamente com o humor e seriedade das personagens. Tem cenas divertidas e inesperadas. É inspirador e dá boas lições de vida. O jovem Dartacão une-se aos três destemidos e lendários mosqueteiros. Entre lutas de espadas e perseguições alucinantes, eles precisam deter os avanços do vilão Richileu e evitaram a bela Milady e o Duque de Buckingham de tomarem o trono francês. 

"Divorciada aos 10" @ livro 6

Uma citação da leitura:
"Chamo-me Nojoud. Tenho dez anos. Os meus pais obrigaram-me a casar com um homem com o triplo da minha idade. Desde que me lembro, aprendi a dizer "sim" a tudo. Hoje, decidi dizer "não"."

A infância de Nojoud teve um final abrupto quando o pai lhe arranjou um casamento com um homem muito mais velho, que ignorou o compromisso de esperar que a menina alcançasse a puberdade para ter relações sexuais. O marido roubou-lhe a virgindade na noite de núpcias. Ela tinha apenas dez anos. A sua tenra idade não a impediu de fugir - não para casa, mas para o tribunal. Surpreendentemente, o juiz deu-lhe razão. Algo inédito num país onde mais de metade das raparigas casa antes dos dezoito anos. A sua coragem foi aplaudida pela imprensa internacional e comoveu o mundo inteiro. Nojoud conta agora a sua história. Para quebrar o silêncio e encorajar as outras meninas a lutar pelos seus direitos mais fundamentais. Esta vitória legal sem precedentes conduziu a mudanças no Iémen e em outros países do Médio Oriente, onde as leis dos casamentos de menores estão a ser alteradas. Nojoud foi distinguida ao lado de Hillary Clinton e Condoleezza Rice como uma das "Mulheres do Ano 2010".

Do futebol

O meu SCB publicou o relatório de contas no site oficial. O que é de louvar esta transparência para com o Mundo inteiro. É a atitude certa, o contrário leva às desconfianças. O clube registou no exercício económico da época 2010/2011 um resultado líquido de 5,2 milhões de Euros. Um lucro recorde! Esta notícia não podia calhar em melhor altura. Dá para riscar um bocado da memória os dois últimos jogos oficiais, ou seja, a derrota com o clube belga, Brugge, para a Liga Europa, e a derrota com a União Leiria, na Marinha Grande, a contar para o campeonato português. Foi seguido, e doeu.

Emmy Awards: Melhor Novela Internacional

38th International Emmy Awards @ Jessica Rinaldi/Reuters
New York, US (2010)

A novela «Meu Amor», escrita por António Barreira, produzida pela Plural para a TVI, foi distinguida no dia 22 de Novembro de 2010 (um rico dia :D), em Nova Iorque, com um Emmy para melhor novela internacional. «Meu Amor» venceu às produções «Dahil May Isang» (Filipinas) e «Ciega a Citas» (Argentina). Foi a 38º edição dos galardões entregues pela Academia Internacional de Televisão, Artes e Ciências, constituída por mais de 500 membros de 50 países. Foi a primeira novela portuguesa a ser nomeada a receber esta distinção. Foi uma honra para Portugal arrecadar um prémio tão consagrado como este. E os estrangeiros parecem ter-se rendido ao trabalho dos lusitanos. Não é que temos para este ano a «Laços de Sangue», que terminou no domingo passado, exibida na SIC, eleita ao mesmo prémio? Sinceramente, espero que ganhe. Gostei imenso!

É do Outono

Ando com uma preguiça. Nos meus tempos livres só me apetece ir a correr de livro na mão para o o sofá da sala, deitar-me lá, puxar pelo cobertor, colocá-lo por cima de mim, e ler assim umas páginas. Adoro!

Champions League | Team of the week, Matchday 2

[ PARABÉNS ao meu conterrâneo Paulo Jorge! Merece, e muito. ]

Não é normal

Não sei porquê, mas não gosto da cor roxa. É uma cor muito espiritual, muito triste, muito pesada, muito morta. E como tal, raramente a uso. Esta semana tem sido excepção, e por isso este post: Unhas, brincos, bracelete, sapatos, t-shirt e casaco & unhas, brincos, bracelete, botas e cachecol. Só que agora enchi-me, e por umas longas temporadas, parece-me.

Coisas de fim-de-semana | VII

O sábado começou bem. O despertador tocou às 7h25. E eu, quando abri as pestanas e reparei no horário, pensei que algo não poderia estar bem porque tinha de me levantar num ápice se queria sair a tempo e horas de casa. Mas fiquei a matutar naquilo durante segundos. Eu tenho por hábito ligar dois despertadores, um toca bem cedo, e o outro bem mais tarde numa hora em que depois tenha mesmo que me pôr a pé. Como só ouvi um estranhei e com razão. As semanas têm passado tão depressa que eu já nem sei a quantas ando (sei, sei que hoje é domingo). Mas foi tão bom quando percebi que se tratava de um sábado e que podia continuar na cama a dormir, que aquele toque foi apenas um mero lapso.

À tarde fui às compras, precisava de comprar massa folhada. Aproveitei e fui ao Shopping com supermercado mais próximo. É claro que já que ali estava fui dar umas vistas pelas lojas de roupa. Bem, mas vamos ao que interessa. Entrei, peguei no que queria e fui para a caixa para pagar. Atrás de mim puseram-se três pessoas. Dois homens e uma mulher com os seus vinte ou trinta anos. Eles pareciam ser irmãos, e ela a namorada/mulher de um deles. Deram logo nas vistas pela maneira de falar. Alto e em bom som, sem qualquer rodeio. Eram portugueses! À minha frente tinha três pessoas, e até ter sido atendida os de trás não se calaram um segundo. Estavam a discutir porque pelos jeitos a mulher tinha gastado antes 40 paus (expressão dita por um deles) em coisas para os sobrinhos. Para ele era muito dinheiro, para ela não. O outro rapazinho que estava com eles nem piava. Eu, por dentro, só me ria com o que estava a ouvir.

Na freguesia onde moro houve festa este fim-de-semana. O 'Chilbi'. É uma festa anual tipo uma feira, com bancas cheias de coisas para os cidadãos comprarem, entre brinquedos para os pequenos, roupa para todas as faixas etárias, artigos em segunda mão, assim como bares e esplanadas (e tiveram sorte com o tempo) para comes e bebes, e um parque de diversões para crianças e graúdos. Como este ano achei que se tinham esmerado na decoração decidi ir até lá para ver melhor. Ok, confesso que fui mais porque é costume haver castanhas assadas à venda. E eu adoro castanhas assadas. E não é que havia? Fiquei logo toda contente quando vi. No entanto, decidimos comprar só quando voltássemos para casa. Demos a volta pela festa e sentámos-nos numa esplanada para bebermos qualquer coisa. Soube uma maravilha. No fim fomos até à banca das castanhas e qual não foi o nosso espanto quando vimos os donos a desmontar tudo? Já não havia mais castanhas. Fiquei fula. Cheguei a casa e meti-me a fazer um folhado de maça. Não comi castanhas, mas comi um folhado feito por mim com sabor a maçã, canela e vinho do Porto.

Hangover 2 @ filme 9

 Realização: Todd Phillips

Actores: Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Ed Helm
Género: Comédia
Lançamento: 2011

[ É de chorar de tanto rir! Deslumbrante as paisagens. ]

Tudo começa com o casamento de Stu, o dentista que se apaixonou uma tailandesa e acaba tendo que ir até o seu país de origem para o casamento, na bagagem, escolhe apenas os dois melhores amigos Doug e Phill. Alan, atrapalhado acaba indo como um favor, já que, ao saber da notícia se trancou no seu quarto por depressão. O quarteto ainda ganha a companhia do futuro cunhado de Stu, um génio de dezasseis anos, maior orgulho do pai e que estuda nos Estados Unidos. Com medo de que os acontecimentos na despedida de solteiro em Las Vegas se repitam, Stu planeou muito bem a festa de pré-casamento, mas as coisas nem sempre saem como esperado. No paraíso exótico, as confusões acabam por ser estrondosas e inimagináveis.

Casa dos Segredos II

No domingo meti-me a ver a estreia da nova Casa dos Segredos e tenho a dizer que os concorrentes foram escolhidos a dedo. São todos parecidos uns com os outros. Elas são quase todas barbies e loiras, e eles quase todos gatatões e musculados. Eles são pasteleiros, advogados estagiários, psicólogos, bailarinos. Têm todos ligações uns com os outros. Entraram com a lição bem estudada. E os vídeos de promo? Não sei como é que há gente que sente prazer em dizer que nunca foi infiel aos ex-namorados, ou que o melhor de uma auxiliar de acção médica é quando têm de lidar com os mortos, pegar nos pedaços deles e metê-los dentro de sacos. Ridículo. Este grupo é tão artificial, o anterior era genuíno. Fica uma coisa positiva, o regresso da Teresa Guilherme como apresentadora. Não tem papas na língua. Vai directa ao assunto, recebe o que quer. Ela é eficaz e divertida. Em Portugal não há ninguém melhor do que ela para conduzir reality shows. A TVI agradece com certeza as audiências. Não me cativaram com estas personalidades. Não vou perder muito tempo com este programa de categoria... zero.

Momentos

Quem não gostaria de ter amizades destas? Obrigada, mana!

Um belo começar de semana

Há maneiras melhores de começar uma segunda-feira? Cheguei ao trabalho e tinha em cima da minha secretária este saquinho com o post-it colado. Lá dentro estavam dois croissants de noz que são tão tradicionais por estas terras. No papel dizia que era um para mim e outro para o meu vizinho da frente. E porquê? Na semana passada este nosso colega veio ao nosso andar mas esqueceu-se do seu cartão de entrada. Em cada edifício entra-se com cartão, mas em alguns andares também, que é o caso do nosso. Então como ele queria entrar teve de bater no vidro da porta. Nós como somos logo o primeiro gabinete a seguir à entrada ouvimos e somos os crucificados. Como estou de frente para a entrada, sou quase sempre eu que vou acudir seres esquecidos. Levantei-me e lá fui abrir-lhe a porta. O P. agradeceu e meteu-se um bocado à treta connosco. Disse ele que um dia destes me aparecia com algo para o café na pausa. Eu levei aquilo na brincadeira. Quando hoje me deparei com este cenário até me caíu o queixo. No bom sentido, claro.

Snoopy Parade, Lisboa

Como tinha escrito antes, nas minhas férias de Verão, não deixei escapar a oportunidade de ir ver a exposição de arte urbana, na Av. Duque D'Ávila, em Lisboa que recentemente foi requalificada para dar mais espaço a quem anda a pé ou de bicicleta.

Lisboa, PT (2011)

Lisboa, PT (2011)

Tratou-se da Snoopy Parade. 20 estátuas do popular cão dos Peanuts, com 2,6 metros de altura. Cada estátua foi pintada por um artista plástico, um pintor ou uma figura pública. Esteve à disposição do 15 de Julho ao 15 de Agosto.

O vedetismo...

«Ronaldo devia aprender que a humildade é a primeira qualidade de um campeão», disse o jogador Felipe Melo, da Juventus, em entrevista à Gazzetta dello Sport, há dois anos atrás.

«Penso que por ser rico, bonito e um grande jogador as pessoas têm inveja de mim. Não encontro outra explicação», comentou Cristiano Ronaldo, na quinta-feira passada, descontente com a prestação dos árbitros no jogo de ontem entre o Real Madrid e o Dínamo Zagreb para a Liga dos Campeões.

O namorado da Irina é daqueles jogadores que não motiva indiferença. Ou se adora, ou se detesta. E se há muitos jogadores e adeptos que veneram o jogador português, nomeadamente gente do sexo feminino, outros há que não morrem de amores por ele. Nesta última categoria insiro-me eu. Não posso mesmo com o gajo-que-se-porta-como-um-menino-mimado. É imaturo, não sabe o que diz da boca para fora. Não sente a camisola da Selecção, não canta o hino nacional, nem tão-pouco joga com entusiasmo pelas cores da nossa nação. É o capitão da equipa e isso mete-me nojo. Tenho dito.

Europa League | Birmingham 1 - 3 SC Braga

Mas que dizer do jogo de ontem no St. Andrews Stadium? Se não fosse o golo que sofremos teria corrido na perfeição. Começámos em 4-4-2, e logo a matar. Os ingleses foram aquilo que estão habituados; corrida e bola para a frente. O jogo esteve praticamente sempre controlado, apenas houve um bocado de sofrimento após o golo sofrido. De resto, mostrámos que estamos aí para as curvas. O Leonardo Jardim está a dar chapadas a muita gente, assim como a prestação da equipa, o próprio plantel está a impressionar multidões. Já que falei no treinador, quero dizer que ele tem corrigido as partes más dos jogos passados. Ele aposta, não é medricas! Ontem, assinou mais uma página do livro da história dos Gverreiros do Minho. Pela primeira vez o clube ganhou em solo da Sua Majestade, e foi uma vitória digna, com técnica, com qualidade, com uma boa finalização (ah grande Hélder) e um belo espectáculo - adorei!

Vi a minha vida a andar para trás.

Faço parte de uma Associação de Trabalhadores, e todos os anos nos oferecem algo. Estava eu no meu gabinete a fazer o meu trabalho quando me vieram entregar o presente deste ano. Eu abri a caixa, peguei naquilo e toda contente pensei que fosse uma lanterna. Carreguei para ligar e pumba, sai-me lume do sítio que estava virado para mim. Como não tinha aquilo nada longe da minha pessoa a chama pegou-se ao meu cabelo. Tive durante segundos o cabelo a arder! A minha colega que estava ao meu lado lançou-se de imediato a mim para apagar. Incialmente até pensei que tivesse pegado no lenço que eu hoje levei vestido mas não, foi mesmo o cabelo o ponto fraco. No fim ela esteve a cortar-me o cabelo estragado. Vá lá que foi num sítio em que o tenho escadeado. Não se ficou a notar nada. Ufa! Sabem o que era o presente, afinal?

Um isqueiro de fogão.

Braga a triplicar ♥

Ontem a dose foi a triplicar. Vi por três vezes a minha rica cidade na televisão. E os motivos foram: Congresso do PS no Parque de Exposições. Eu não gosto nada de Política. A minha paixão é o futebol, assisti à partida entre o Braga e o Gil Vicente, no Estádio AXA, via SportTv. Quando entraram em directo mostraram o meu padrinho, e no intervalo filmaram um primo meu. Os câmara-men gostam muito das caras da minha família. Para mim é óptimo! À noitinha foi a vez do programa de entretenimento "Canta Comigo" da TVI, em plena Avenida Central. Eu não passo sem música. Só o facto de ver estas coisas, já me reforça completamente a alma de energia.

Canta Comigo, TVI - Braga, PT (2011)


Grita, Sente - É o amor que rasga a pele.

A Carta - Pedaços de silêncios perdidos.

Cinderela - Das histórias, a avivar memórias, a deixar mistério.

Intervalo - É quando eu falo para não incomodar.

A Cidade (até ser dia) - Entre a lua e o sol vamos nós de rua em rua.

Foram cardos, Foram prosas - Não foram poemas, nem foram rosas.

*

Deixa-me Sonhar - Faz-me acreditar.

O Que Faz Falta - Quando nunca a noite foi dormida.

Bem Bom - São horas a mais e já não há saída.

Eu Sou Aquele - Tu és luz.

Fácil de Entender - Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós.

Penso em ti (eu sei) - O que lá vai, lá vai.

A Love Song For Bobby Long @ filme 8

 Realização: Mark Rosman

Actores: John Travolta, Scarlett Johansson, Gabriel Macht
Género: Drama
Lançamento: 2004

[ Prendeu-me com entusiasmo até ao fim. Admiro filmes assim. ]

Purslane Hominy é uma jovem que fica sabendo tardiamente, através de seu namorado Lee, que Lorraine, sua mãe, faleceu. Lorraine tinha apenas 40 anos e, como ela e Purslane não eram chegadas, Lee não se preocupou em comunicá-la prontamente. Depois disso, Purslane decide ir até Nova Orleans pela primeira vez em muitos anos, na esperança de ir ao funeral da mãe, que foi enterrada um dia antes, e rever a casa onde passou a infância. Ela acredita que encontrará a casa de sua mãe abandonada, mas fica chocada ao constatar que ela é habitada por dois amigos da sua mãe: Bobby Long, um ex-professor de literatura que tem o hábito de conversar citando trechos de grandes escritores, e Lawson Pines, um jovem protegido dele que sonha ser escritor. Na prática ambos são alcoólicos, sem dinheiro, cujas vidas tomaram um rumo errado anos atrás. Ela então decide ficar por lá, e é obrigada a viver com eles. Nenhum dos três têm a intenção de sair da casa e a situação fica ainda mais delicada. Com o passar do tempo, o improvisado estilo de vida faz com que uma série de segredos pessoais comecem a ser revelados e lhes mostrará que suas vidas estão interligadas de forma inexplicável, pondo à prova os seus vínculos verdadeiros.

Só me acontecem coisas estranhas!

Ontem fui ao cimena, à Áustria, ver o filme dos Três Mosqueteiros, que só chegará a Portugal em Outubro. Durante o filme senti o meu telemóvel vibrar durante muitas, mas muitas vezes. Inicialmente pensei que se tratasse das habituais sms de Roaming, mas percebi logo que não poderia ser porque o meu Samsung não se calava, contei até 12, mas foram mais. Foi tudo muito seguido. Comecei a ficar preocupada, mas preferi continuar a ver o dito filme. Ainda por cima, da minha série de desenhos animados preferida! Quando este acabou, peguei no telemóvel e vi uma mensagem que me enviaram para o meu número suíço, o meu telemóvel é um Dual-SIM, de um número suíço que eu não tenho na minha lista de contactos, e que é de uma rede que pouca gente conheço. Até aqui, tudo mais ou menos bem. O pior foi o conteúdo da mensagem, que eu só recebi uma pequena parte porque (como sempre) tinha a caixa de entrada cheia. Como vêem na imagem, trata-se de alguém que me escreveu em português limpo, sem erros ortográficos e apenas com uma abreviatura. E que ainda por cima indicou a minha casa a uma rapariga. Oi? Fiquei assustada! Comecei logo por apagar algumas mensagens antigas com a esperança de receber o resto, mas não recebi mais nada. Fiz o trajecto até casa a pensar que ainda ia encontrar alguma surpresa desagradável, felizmente estava tudo normal. Para me acalmar um bocado respondi à sms incompleta. Queria saber quem me tinha escrito aquilo. Quando me deitei na cama, apesar da aflição toda não demorei muito até adormecer. O que me só fez bem! Até agora não obitve qualquer resposta. Amanhã vou ligar para o número. Se ninguém me atender vou tratar deste assunto por uma via diferente. Tenho andado a trocar e-mails com uma Key Manager da operadora, que quer a todo o custo fazer negócio com a minha empresa. Oh oh, quem quer que seja que me tramou isto, não se ficará a rir!

"Longe do meu Coração" @ livro 5

Este livro do Júlio Magalhães marcou-me particularmente, e é fácil explicar porquê. Quando ele foi lançado decidi de imediato que ia comprá-lo, mas ainda demorou algum tempo a tê-lo em casa. Li-o em três tempos. É uma história real sobre um português que um dia emigrou para França. Relata o quotidiano dos portugueses que partiram em busca de uma vida melhor, sonhando um dia regressar ricos à terra que os viu partir pobres. E como eu também sou uma emigrante revi-me em algumas coisas, e em muitas delas a lágrima da saudade veio-me à cara. Ele, o Joaquim, moveu-se na década 60 do século passado, por vontade própria. Eu vim apenas nos anos 90, e como ainda era uma menor não tinha voto na matéria, obrigaram-me a vir para a Suíça.

O livro promete uma viagem a um dos tempos mais árduos em Portugal, dá a conhecer as razões que leva alguém a sair da sua terra para o desconhecido, em busca de uma outra qualidade de vida, e lutar para ter melhores condições. O percurso de Joaquim até chegar ao local de habitação do seu tio, no chamado Bidonville, não foi nada fácil. Foi um caminho longo, duro e com percalços. O sítio onde todos lhe garantiam que podia enriquecer e concretizar os seus sonhos era um bairro de lata. Vivia numa barraca miserável, assim com os outros tantos portugueses daquele local. Aquele bairro respirava como se fosse uma típica aldeia portuguesa. Joaquim não baixou os braços e batalhou, esforçou-se, e conseguiu ultrapassar todas as guerras. Conseguiu vencer e mostrar que os portugueses emigrantes são muito mais do que empregados da construcção civil. O povo português não é rude, são gente trabalhadora, honesta, persistente e civilizada.

Uma citação da leitura:
"Para Joaquim, Portugal estava longe. Era ali, em França, na terra que lhe dava de comer, que queria vingar, que prometia, à força do seu trabalho, derrubar fronteiras e preconceitos. O plano estava traçado. Iria abrir uma empresa de construção com o seu amigo Albano, enriquecer e, depois de ter casa montada com carro estacionado à porta, iria pedir a mão da sua Françoise, a professora de Francês que lhe abriu o mundo das letras e do amor."

Nojo!

Se há coisa de que me mete nojo foi o que eu vi hoje! Acordei, levantei-me e assustei-me logo. E o que é que eu vi, afinal? Uma enorme aranha castanha a sair de baixo do meu guarda-fatos. E eu não faço a mínima ideia de onde é que ela surgiu. Gritei logo pelo meu pai, que por sinal estava em casa, o que não é nada habitual. Foi a minha sorte! Entro logo em pânico quando vejo deste tipo de bichos, ainda para mais aquela era das grandes. O meu pai lá a matou e deitou-a no lixo e, eu fiquei um bocado menos aflita. Nem quero pensar no que teria acontecido se estivesse sozinha em casa. Acho que me dava um treco! Mas o pior disto tudo é que o raio da imagem não me sai da cabeça. Continuo angustiada.

O caso do momento: A renuncia de RC

Tenho o Ricardo Carvalho em muito boa conta, sabendo da sua postura, do seu comportamento exemplar dentro e fora dos relvados. Uma pessoa séria e reservada, sem qualquer excesso de vedetismo. A braçadeira de capitão assentava-lhe como uma luva. É um fantástico defesa, dos melhores do Mundo. 

Esta história tem muito mais que se lhe diga, e pessoalmente acredito que tenha a ver com a forma como o seleccionador e restante equipa da FPF trata os jogadores. Essa da titularidade não pega, acreditava se fosse os jogadores que sempre foram titulares, neste caso é diferente porque já aqueceu o banco muitas vezes. Não era novidade nenhuma para ele. Detestei a arrogância das palavras do seleccionador a explicar o que parece não saber, ou sabe e não quer dizer. Alguma coisa de grave se passou, e espero que o amarantino quebre o silênco porque acredito que ele teve um motivo forte para ter saído do estágio sem dizer nada a ninguém.

Num espaço aproximadamente de um ano já renunciaram seis jogadores à Selecção Nacional: Miguel, Paulo Ferreira, Deco, Tiago, Simão e o Ricardo Carvalho. Quem será o próximo? Aposto no Bosingwa.

O João Tomás, que foi o melhor marcador português da Liga Zon Sagres da época passada, trabalha todos os dias com a mesma dedicação e vontade, e de que lhe serve isso? De nada. O Paulo Bento que é conflituoso e teimoso ignora-o por completo. Não gosto deste tipo de gente, que trata uns como filhos e outros como enteados.

ZGANDULO

Passou um mês, mas continua a ser difícil mentalizar-me que partiste deste Mundo (não da minha alma). Na passada quinta-feira quando ia a caminho de Berna, passei perto do sítio onde chegaste a trabalhar, vieste-me logo à memória, e naquele instante pensei que ao voltar após o jogo iria estar com um sorriso na cara porque tu não irias deixar que o Braga não conseguisse passar à fase de grupos desta EL, ainda para mais com a segunda mão da eliminatória no país que a ambos nos diz muito. Conhecemo-nos através do Superbraga.com, não sei dizer o ano preciso, mas recordo-me que foi no antiguinho fórum há largos anos atrás. Encontrei-te por diversas vezes no estádio AXA, homem da bancada Poente! Deparei-me contigo em alguns jantares do melhor site de adeptos de futebol do Mundo. Participámos naquele jogo de futebol misto em Fevereiro de 2007, vimo-nos em San Siro quando o Braga começou a destacar-se pela Europa fora. No ano seguinte estivemos no Parc des Princes, mas foi na concentração de baixo da torre Eiffel que obtive a confirmação e demonstração sobre a personalidade que transmites com uma enorme facilidade; um ser humano com um coração grande. Aconteceu-me uma coisa desagradável, mas tu prontificaste-te logo para me ajudares! Há certas atitudes que nos marcam, e eu sinto-me feliz porque cheguei a dizer-te mais do que uma vez a importância que o teu comportamento teve para mim. Marcou-me em especial porque tenho plena consciência que muita gente não o faria. Não sairá nunca do meu coração. E é um princípio que eu sigo com todo o agrado. Há poucos meses atrás na tua página do Facebook dedicaste-me uma música, uma que te marcou quando andavas por estas terras helvéticas, simplesmente para me dizeres que os verdadeiros amigos estarão sempre à minha espera, nem que seja por breves instantes. Fiquei sensibilizada. A canção tem uma melodia melancólica mas tem uma letra que reforça o espírito, que dá forças para um passo, para uma mudança, para um novo acreditar. E eu tenho pena que não tenhas levado isso em conta antes de teres feito  o que fizeste à tua própria vida. No entanto, não vim julgar-te, vim dizer-te que sigo o teu conselho. Por tudo, o meu mais sincero obrigada! Deixo-te três beijinhos, à moda da Suíça.

Europa League | Young Boys 2 - 2 SC Braga

Estive no Stade de Suisse. Estava um calor imenso, mas na hora do jogo a chuva lembrou-se de cair forte e feio. Relvado sintético. Trovoada e relâmpagos fizeram-se à cena. Os jogadores não se livraram de escorregadelas, e não foram só os nossos, os da casa, aqueles que estão acostumados ao cenário também caíram. Se já antes achávamos que iríamos ter alguns problemas por causa da relva não ser natural, então imaginem as complicações num terreno desnatural e encharcado de água. Não é fácil, nem foi fácil, e os pupilos do Leonardo Jardim, muitos deles estreantes nesta competição europeia, que o digam.

Entraram bem, durante a primeira meia-hora, e que golaço o Hélder Barbosa marcou, mas depois começaram a ficar nervosos e em vez de jogarem em equipa, viu-se muito individualismo e 'zangas' entre os colegas. Não havia calma, o ambiente ficou tenso. Também não gostei do 'queima-tempo' do Quim (tão cedo para quê?), nem da atitude do Hugo Viana perante o árbitro. Gastaram dois cartões que eram completamente desnecessários.

Não foi uma partida excepcional, mas admirei a aposta do onze do nosso treinador, e também achei as três substituições acertadas. Mudou de esquema, sem qualquer rodeio! O Lima não desperdiçou, marcou (já só faltam 28!) numa jogada em que o Matheus me veio à memória. Tivemos de sofrer, o que é normal para quem está em fase de crescimento, mas o importante foi alcançado: passar à fase de grupos da LE. Fiquei contente.

De resto, não demorei sequer três minutos, desde que cheguei à porta de entrada do estádio, até sentar-me no lugar que marcava no bilhete. Passei num segurança que controlava se estava a entrar pela porta certa, e depois foi só subir umas escadas e passar no torniquete. Não fui revistada por ninguém. Devido ao sítio em que me encontrava tive o privilégio de falar e saudar alguns dos nossos Gverreiros. Sempre simpáticos e cheios de boa disposição.

No fim do jogo, e após terem ido aplaudir os adeptos bracarenses que se encontravam no sector dos visitantes, alguns (incuíndo o Jardim) fizeram questão de olhar na direcção em que eu estava, na segunda fila atrás do banco dos suíços e não fiquei molhada, levantaram os braços, sorriram e bateram-nos palmas. Fiquei tão sensibilizada com o comportamento, que só me apetecia lançar-me a eles. Bastava-me descer duas escadas, dar dois passos que já estava dentro do relvado. Não tinha qualquer grade a dividir o espaço.

Estava muita mais gente espalhada por todos os sectores do que aqueles que apareceram no sector visitante! Havia de tudo, gente equipada à Braga, outros com camisolas, cachecóis de outros clubes e de Portugal, e outra grande enchente de portugueses sem qualquer adereço mas pelo aspecto e pela fala não enganavam: “tugas de gema”. No intervalo fui abordada por uma sra. de nacionalidade suíça que me perguntou de onde eu tinha arranjado a camisola que eu levava vestida, disse-lhe que veio de Braga, e ela ficou fascinada e contou-me que as acha muito giras e que queria ter uma também, questionou-me como é que ela conseguiria obter uma. Guardei os seus dados no telemóvel, e vou tratar de lhe arranjar a dita camisola. E há uma pessoa que assistiu a este episódio sem querer, um amigo que costuma visitar este meu blogue, e eu o dele.

Foram anos de desencontros atrás de desencontros, já estivemos algumas vezes nos mesmos locais às mesmas horas mas nunca nos vimos. Agora encontramos, ou melhor, eu é que fui encontrada. Tinha de ser na Suíça! Foi sem dúvida um prazer ter conhecido pessoalmente o dono do blogue Dornomenisco. Gostei imenso daqueles minutinhos durante o intervalo.

Ao ir embora, depois de subir as escadas até o corredor principal da bancada dei de caras com o nosso Manager, o Fernando Couto. Não perdi a oportunidade e tirámos uma foto em conjunto (outra para a colecção). Cheguei a casa já passava da meia-noite, e apesar do cansaço das 2h30 de viagem de carro, aterrei com um sorriso alargado no rosto pelo momento vivido, que o Braga me proporcionou.

Europa League | Já cá canta!

Ora bem, eu consegui bilhetes através do próprio Young Boys, mas enganei-me nos lugares. O sector para os adeptos do Braga é num canto superior, e pelo que pessoas conhecedoras daquele estádio me disseram, não se vê muito bem o futebol dali. O sector encontra-se neste momento meio lotado. Eu vou estar numa zona completamente diferente, escolhi assim para ter uma visão melhor sobre o campo, e para estar mais perto da equipa, visto que não vêm de Portugal ninguém do meu círculo de amigos ou gente familiar. Então consegui arranjar bilhetes para trás do banco de suplentes... dos suíços! Como disse em cima, enganei-me porque como no plano do estádio para o jogo têm o símbolo do Braga no lado direito, e como vi que ainda havia bilhetes não hesitei e encomendei assim, mas afinal aquele banco é o banco dos amarelos. Precipitei-me e saiu-me o tiro pela culatra. Eu vou na mesma para lá equipada a rigor. Quando o Braga marcar (tem de marcar!) vai-me dar um gozo tremendo festejar no meio dos adeptos do YB.

Europa League | Começa hoje!

É já daqui a alguns minutos, no Estádio Axa, frente ao Young Boys, um clube do país em que me encontro há largos anos, que a equipa do Minho irá iniciar a sua caminhada pela Europa (espera-se). Viel Glück, Braga!

"On The Floor", Jennifer Lopez & Pitbull

[ A música deste Verão; cheia de postura! ]

Verão 2011

[ Póvoa de Varzim, 27 Jul '11 ]

[ Ponte de Lima, 30 Jul '11 ]

[ Coimbra, 03 Ago '11 ]

Eu ainda não caí em mim, sobre o facto de já ter voltado das férias. No entanto, as duas semanas em que estive em solo português passaram muito a correr e vim-me embora com muita coisa por fazer, e eu ainda fiz imensas coisas. Andei sempre numa correria! Regressei completamente cansada, desgastada. Estou neste momento num estado pior do que quando eu andava num autêntico stress para deixar tudo direitinho antes de embarcar para férias. Eu esforço-me para estar com o máximo de gente possível só que como troco tenho recebido só críticas por eu não ter ido a X, nem ter visitado Y etc., e isso entristece-me um pouco. Não dispenso o Verão em Portugal, mas o tempo não chega para tudo, há gente que não entende.

Um pequeno balanço:

- 3 dias na praia (muito sol, muito mar, muita areia)
- 2 dias passados em Lisboa
- 3 concertos (Tony Carreira, Klepht, Bon Jovi) 
- 2 dias passados em Coimbra
- 1 ida à praia fluvial de Verim
- 2 ferradelas de vespas (uma no joelho esquerdo e outra na mão direita) 
- 3 estadias em hotéis diferentes, o resto foi passado na casa dos pais
- 2 partidas de futebol do meu clube
- 1 dia passado em Ponte de Lima
- 2 caches encontradas (Geocaching)
- 3 unhas partidas, e não as tinha muito grandes!
- 2 vezes que a Sporttv me filmou em Barcelos
etc.

Europa League | O sorteio do Play-off

Fiquei tão, mas tão contente com o sorteio para o Play-off da Europa League, de sexta-feira. Finalmente vou poder assistir a um jogo do Braga neste país em que me encontro há largos anos. No dia 25, lá vou eu até à capital da Suíça, 237km de casa, ver os Gverreiros a defrontarem o Young Boys.

Terminaram

O que é bom acaba num instante. As minhas férias terminaram. Amanhã é dia de voltar ao trabalho.

"Era do Benfica mas fiquei magoado"

AB – Apesar de jovem, fará 24 anos em Setembro, tem já um percurso interessante no futebol...

Sílvio - Comecei no Benfica quando tinha seis anos, o meu pai, que tinha jogado nas camadas jovens do Belenenses e do Sporting, achava que eu tinha jeito e levava-me para os treinos.

AB - Tinha razão...

Sílvio - Fiquei no Benfica até ao segundo ano de juniores e ofereceram-me um contrato profissional. Era baixo, mas para mim, que não tinha dinheiro, já era muito. Mas achava que merecia mais, não o assinei porque não o melhoraram e, com 17 anos, tive de sair. 

AB - Ficou por Portugal?

Sílvio - Decidi ir a uns treinos de captação no Chelsea. Foi uma boa experiência, pois nunca tinha saído de casa. Cresci como pessoa. A seguir fui para o Portsmouth e estive um mês com o Manuel Fernandes, que é meu amigo, mas acabei por não ficar. Regressei a Portugal e como já era tarde a única opção foi jogar na terceira divisão, fui parar ao Atlético do Cacém. Daí passei para o Odivelas, onde fiz uma grande temporada. Fomos a Vila do Conde jogar para a Taça, gostaram de mim e no ano seguinte estava no Rio Ave. Fui feliz lá, gostei do clube, das pessoas e da cidade, mas ao fim de dois anos transferi-me para o Braga, onde fiz uma temporada de sonho, a melhor da minha carreira.

AB - Sei que passou por um mau bocado...

Sílvio - É verdade. No meio de tudo, com 12 anos, aconteceu-me a coisa mais triste da minha vida: a morte do meu pai enquanto ele assistia a um dos meus treinos. Custou-me imenso, a mim e à minha família... Ficar sem o homem da casa não é fácil para ninguém e muito menos para crianças. Vimo-nos obrigados a crescer muito mais depressa. Fomos buscar forças onde não as havia, mas todos nos unimos e com grande ajuda do meu tio, que foi o segundo pai, conseguimos ultrapassar tudo. Todos os dias penso no meu pai e só lhe peço que me dê forças para continuar a fazer com que ele se orgulhe de mim.

AB - Foi o Braga quem mais ganhou consigo...

Sílvio - Pois foi. Comprou-me por tostões e vendeu-me por milhões. Fez um bom negócio, eu contribuí com o meu trabalho, mas o Braga também me deu a oportunidade de me tornar conhecido graças a um ano que ninguém esperava. Nunca pensei que jogaria a um nível tão alto na Champions e na Liga Europa e que chegaríamos à final. E foi graças a esses jogos europeus que agora estou aqui.

AB - Quando surgiu o interesse do Atlético de Madrid?

Sílvio - Em Janeiro já se falava que no final da época poderia ser transferido. Não acreditava muito porque nunca pensei que um clube como este pudesse estar interessado em mim. Se até então me sentia motivado, depois de saber disso mais fiquei. Trabalhei para melhorar e fazer com que o que era apenas uma hipótese se tornasse realidade. Foi o maior salto da minha carreira, assinei por cinco anos e espero cumpri-los dando o melhor a este clube.

AB - Gostaria de voltar um dia ao Benfica?

Sílvio - Gosto do símbolo do Benfica e do que representa para os seus adeptos, mas não aprecio nada a sua forma de trabalhar. Não aposta nos jovens, não creio que seja um bom clube nesse aspecto, em que até o FC Porto e o Sporting são melhores. O Benfica sempre foi o meu clube, formou-me, passei lá grandes momentos e o pior da minha vida, mas esse sentimento foi-se apagando. Já não é o clube do futebol português que eu apoio, sou do Braga. Quero que ganhe tudo o que puder. E o mesmo desejo para o Rio Ave. Está à vista que o Benfica não aposta nos jovens. Há lá três ou quatro miúdos muito bons mas é tudo para ir embora. Não me entra na cabeça como é que, havendo tantos bons jogadores que saem da formação, nenhum é aproveitado. São todos emprestados e acabam na terceira divisão, como me aconteceu a mim. Muitos deles têm força para se levantarem, eu tive, graças a Deus.

entrevista @ A Bola