Chegou a hora de fazer um balanço, pois faz um ano que voltei para Portugal. Em definitivo. Deixei o emprego, troquei o certo pelo incerto. Reorganizei-me. Foi um ano de alterações, de aprendizagem e superação, um ano de redescoberta. Tenho em mim que o tempo passou depressa. O que é bom sinal, sinal que muito foi feito. E que não está tudo perdido. Sinal que o nosso país ainda não é dos piores. Os primeiros três meses estive parada, a terminar com as mudanças, a tratar de papeladas (o sistema de saúde é péssimo, o apoio no atendimento idem). A festejar os 30, a desfrutar da quadra natalícia. Consolei-me com sessões de fisioterapia (a minha Tendinite assim o pediu) e mimei-me com uma limpeza de pele na cara (a primeira da minha Vida). Depois comecei a trabalhar. Tive a felicidade de arranjar logo algo. A primeira candidatura que fiz, a primeira entrevista que dei, fui admitida. E gosto muito de lá estar, do que faço. É dentro da minha área, e das línguas que falo.
Continuei com os meus passeios, com as minhas viagens, com as minhas idas ao futebol e a concertos. Estive no Algarve, conheci Sevilha, dei um salto à Suíça, voei até os Açores, fiz praia em Gran Canaria, voltei à cidade madrilena, e percorri algumas zonas do Douro e Minho. Fiquei com um bronze douradinho. E perdi uns quilinhos. O salário que recebo não chega aos calcanhares daquilo que era a minha remuneração na Suíça (óbvio), no entanto, é possível viver com o valor. Basta uma pessoa saber gerir bem o que tem e escolher prioridades nas vontades. Tenho a sorte de pertencer a Braga, com custo de vida das mais baixas do país. O problema dos tugas, é que vivem muito da aparência. São muito vaidosos. E invejosos. Invejam o que os outros têm. Uma simples saída e o pessoal arranja-se como se de um evento do ano se tratasse. A escolha da roupa, a maquilhagem, os cabelos e, contando também com a depilação e unhas. Não abdico da maneira descontraída dos suíços, não se preocupam com a moda ou a opinião alheia. Ninguém olha de lado, aliás nem sequer olham. Conforto acima de tudo. Não ligo à opinião dos outros. Se me apetecer ir ao café de fato-treino vou. Continuo a viver como sempre vivi, sem dar importância a grandes luxos, sem dar importância ao que os outros pensam. Foi assim que os meus Pais me educaram. E, não negado a minha própria maneira de ser, é assim que me sinto humana.
Depois, adoptei um chihuahua. O Chico. E é a alegria da casa. Um amor para a Vida toda! A seguir ao meu carro novo, foi a segunda melhor aquisição que fiz desde que cá cheguei. E já que falei em carro. Como são os tugas na estrada? Ui, uns aldrabões e uns impacientes. Não há respeito. Não há dia que não veja renúncias feitas, acidentes, atropelamentos, infrações. Se as leis existem, elas devem ser cumpridas! Todos os dias acontece a mesma coisa. Vou na minha vidinha, e eis que, há sempre aquele artolas com falta de espaço e que vai a ocupar metade da minha via. Uma pessoa tem que fazer uma daquelas acrobacias de fazer passar o meu carro na nesga de espaço existente. No seguimento destes artistas, temos aqueles que nos colam à traseira quando vamos descansados. É aquele típico caso do "vou-te aí a cheirar o rabo para ver se andas mais depressa!". Pois bem, informo os estimados que isso só me leva a andar ainda mais devagar. Ninguém gosta de dar os piscas. Será assim tão difícil sinalizar as manobras? Será? Tenho ar de vidente para saber para onde é que o néscio vai? E aqueles condutores que não sabem fazer rotundas? Esses tiram-me completamente do sério. Mais os indivíduos que estacionam em plena via pública. Os pais que vão buscar os filhinhos à escola em vez de estacionarem no parque mais próximo, não, estacionam mesmo ali, no sítio mais perto possível, na via pública. Os outros condutores que querem passar que se lixem. É tudo deles! É vergonhoso. Irra. Preguiçosos. Já para não falar dos limites de velocidade. Na terra da Heidi, o sinal de STOP é mesmo para parar. Os peões tem prioridade, não há aquela coisa de fingir que não viu o peão ou acelerar antes que ele chegue à passadeira. Falinhas mansas não lhes livram de uma multa. E por aí adiante.
Pelo que tenho contado, parece que até foi um ano espectacular, mas não o foi. Há dias em que tenho umas recaídas. De um momento para o outro a minha mente enche-se de pensamentos negativos. Aliás, a minha cabeça anda constantemente às voltas, com as emoções em sobressalto. É difícil voltar a renascer, voltar a sentir-me viva. Não é nada fácil recompor estabilidade emocional. Essa não acontece de um dia para o outro, leva o seu tempo. E há quem não compreenda isso. Mas é, nas mais pequenas coisas que nos devemos agarrar: o facto de nos ter sido dado mais um dia para vivermos, de respirarmos, de termos uma cama onde dormir, de termos as pessoas que amamos do nosso lado. Mudei de vida, tive essa coragem. Não me sinto feliz (porque sem o meu Pai não voltarei mais a ser), sinto-me minimamente bem. Agora sou paz na alma, sossego na mente e calma no coração. Tento não me deixar influenciar pelo stress. Fujo das confusões, discussões e provocações. Nada de pressões. Isso só me faz mal. Serenidade é a palavra de ordem. Mantenho alguns dos hábitos e mentalidades do tempo em que vivía na Suíça, com mais natureza e muitíssimo menos shoppings, mais a pé e menos carro. O que há de melhor em Portugal? Sol, mar, muita luz. Vida. A Vida, a qual pertenço.
Mostrar mensagens com a etiqueta Mudança. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Mudança. Mostrar todas as mensagens
21.11.17
7.11.17
Com a chegada do Outono
Agora que os dias começam a ser mais frios, mais cheios de folhas, com menos luz, é hora de mudar algumas coisas, alguns hábitos.
- Ora, mudei de perfume. Troco sempre de perfume. Uso um para a Primavera/Verão e outro para o Outono/Inverno. Deixei o Ralph do Ralph Lauren para dar início ao Wonderlust do Michael Kors.
- Mudança de estação implica troca no guarda-roupa. Fora com aquelas peças que já não dou uso. E a roupa mais curtinha, mais fresca vai para um outro armário. É hora das roupas mais quentes, das camisolas, dos casacos. E com o calçado, igual.
- Actualizar as músicas no cartão SD, para ouvir no carro. Aquelas mais lamechas voltam mais à cena.
- Nos tempos livres passar mais tempo debaixo do cobertor, no sofá, para assistir a bons filmes. Pipocas mode.
- Ora, mudei de perfume. Troco sempre de perfume. Uso um para a Primavera/Verão e outro para o Outono/Inverno. Deixei o Ralph do Ralph Lauren para dar início ao Wonderlust do Michael Kors.
- Mudança de estação implica troca no guarda-roupa. Fora com aquelas peças que já não dou uso. E a roupa mais curtinha, mais fresca vai para um outro armário. É hora das roupas mais quentes, das camisolas, dos casacos. E com o calçado, igual.
- Actualizar as músicas no cartão SD, para ouvir no carro. Aquelas mais lamechas voltam mais à cena.
- Nos tempos livres passar mais tempo debaixo do cobertor, no sofá, para assistir a bons filmes. Pipocas mode.
Etiquetas:
Arrumações,
Calçado,
Casa,
Cheiro,
Closet,
Mudança,
Organização,
Vestimenta
1.5.17
Muito estranho, mesmo
Anda-me a acontecer uma coisa muito estranha. Muito estranha, mesmo. Não é que recebo diariamente umas cinco chamadas de um número privado para o meu telemóvel (de manhã, à tarde e à noite)? Inicialmente, pensava que eram aquelas chamadas das operadoras, e nem sequer atendia. Depois de ouvir muitas vezes aquilo, aquilo cansa. Até que passei a atender as chamadas. E… aí e que é de espantar. Quando atendo a chamada ouço do outro lado pouquíssimo barulho e depois o som de desligado, aquele famoso “tu, tu, tu, tu…”. E o mesmo acontece com o telefone de casa. E sempre uns segundos antes das chamadas para o telemóvel ou depois das chamadas para o telemóvel! E os meus números não estão juntos, ou seja, não estão em algum pacote. Eles são da mesma operadora mas facturados separadamente. Deve ser exatamente a mesma pessoa/empresa. E isto está-me a cansar, a irritar. Não estou para ouvir os telefones darem sinal e não ser ninguém do outro lado da linha. Alguém já passou pelo mesmo? Estou mesmo numa de ir até à minha operadora, neste caso, até à MEO, e tentar esclarecer a situação. Das duas uma, ou eles me dizem de quem se trata, ou eu mudo os meus números particulares. Querem gozar, vão gozar para outra freguesia! No fundo, creio que seja mesmo a operadora.
Etiquetas:
Desabafo,
Mudança,
Organização,
Pensamento,
Telemóvel
10.10.16
Mudar de casa, de país, de vida.
Diz-se por aí que
todos nós vamos mudar de casa pelo menos uma vez na Vida. E apesar de me ter
mudado de Portugal para a Suíça em criança (eu tinha 8 anos), e de ter tido um apartamento de
férias na minha cidade Natal, apenas e só agora é que me estou a estrear neste
processo, o processo da mudança, do princípio ao fim. É que, das outras duas vezes
não fiz rigorasamente nada. Os meus Pais trataram de tudo. Mas agora sim. Tenho de ser eu a tratar das coisas. De t-u-d-o! E mais. Vou deixar o país
helvético para voltar às minhas origens. É oficial. Às vezes, o único jeito de seguir em frente é mudando de direção, certo? É notório em mim, eu preciso desta mudança para minha realização pessoal. Era o objectivo do meu Pai mudarmo-nos de vez para Portugal este ano. Era. E por isso eu vou! De consciência tranquila. 21 anos depois, vou mudar-me do Paraíso (estabilidade, qualidade) para viver num Mundo cruel (caótico, instabilidade). Sem medo. No dia em que me despedi da empresa em que trabalho ninguém estranhou. Ninguém. Nem o meu chefe, nem o meu director, nem todos os meus colegas. Eles sabem a ligação que tenho com as minhas raízes. Não foi surpresa para ninguém, parecia que já estava toda a gente à espera que acontecesse. E isso aconteceu no dia 10 de Junho, por mero acaso, precisamente no dia de Camões, o dia de Portugal. Ou terá sido antes o destino?!
Mudar de casa não é tarefa fácil. Parece mais simples do que é, mas para quem trabalha, e eu ainda vou trabalhar até o final deste mês, e tem o tempo limitado torna-se complicado de gerir tudo e é preciso ir tratando dos assuntos todos aos poucos e com tempo. E mais complicado é, quando se junta esse factor fundamental, o de mudar de país. Dá uma trabalheira danada. É caixa para cá, correria para lá, viagens entre cá e lá. Documentos, cancelamentos, telefonemas. A burocracia é enorme. Os meus dias terminam com um cansaço brutal. Ando nisto desde Agosto. E sozinha. A minha Mãe já se encontra em Portugal. O último passo é limpar a casa, fazer as últimas malas e despedir-me das minhas pessoas, dos meus amigos, dos meus colegas, dos meus vizinhos. Ainda bem que agora há Internet. Assim vamos continuar próximos. Porque quando eu me mudei para cá, naquela era não havia telefones em todas as casas, não era possível se conectar com tanta facilidade. Escreviam-se cartas, trocavam-se fotografias de longe a longe. Era assim, na década de 90, que se matavam as saudades da família, das pessoas mais próximas. Ir a Portugal? Duas vezes por ano, no Verão e no Natal. E de carro. Andar de avião era caro. Mais tarde começaram a aparecer os computadores, os telemóveis. Emigrar tornou-se mais leve e banal. Hoje em dia é muito normal e até parece moda. Não há fronteiras, há vôos baratos, há facilidade em comunicar com quem nos é próximo (Facebook, Skype, WhatsApp, etc.). Não é preciso muita coragem.
18.9.16
Carros
Como já vos expliquei num post anterior, quero mudar de carro, quero ver-me livre da Zulmira (tadinha!). E porquê Zulmira, perguntam vocês? Pois bem, pelo seu registo. ZF; ora ficou Zulmira Ferreira, tal e qual como se chama a mulher do Prof. Jesualdo Ferreira. Baptizei o meu primeiro carro assim.

E portanto, ando numa fase de escolha. Escolher a marca e o modelo. E não tem sido propriamente fácil. No início queria um carro alto, tipo SUV (Sport Utility Vehicle) porque o meu Pai tinha um e eu nunca tinha andado num carro tão confortável, tão espaçoso, tão seguro e com tão boa visibilidade como o dele, um Opel Antara 2.0 (que em Portugal não se vê em lado nenhum):
Andava inclinada para um BMX X1 ou para um Audi Q3. Só que, entretanto, voltei a pensar no assunto e, não me apetece dar tanto dinheiro por um automóvel, e não tenho essa necessidade de algo grande. Basicamente, é só para mim, e para andar com a minha Mãe e os meus dois únicos sobrinhos.
Requisitos:



Que me dizem, entendidos na matéria?
E portanto, ando numa fase de escolha. Escolher a marca e o modelo. E não tem sido propriamente fácil. No início queria um carro alto, tipo SUV (Sport Utility Vehicle) porque o meu Pai tinha um e eu nunca tinha andado num carro tão confortável, tão espaçoso, tão seguro e com tão boa visibilidade como o dele, um Opel Antara 2.0 (que em Portugal não se vê em lado nenhum):
Andava inclinada para um BMX X1 ou para um Audi Q3. Só que, entretanto, voltei a pensar no assunto e, não me apetece dar tanto dinheiro por um automóvel, e não tenho essa necessidade de algo grande. Basicamente, é só para mim, e para andar com a minha Mãe e os meus dois únicos sobrinhos.
Requisitos:
- Preço +/- até 20 mil EUR
- Combustível: Diesel (a Zulmira é gasolina e bebe como o caraças!)
- Novo ou Semi-Novo (para durar pelo menos dez anos)
- Ar Condicionado (a Zulmira não tem e no Verão é um inferno)
- GPS (não vá eu algum dia ter de ir ao cu do Judas...)
- Potência: mínimo 90cv
- de cor branca, cinza, preta ou vermelha
- Portas: 5 (o sobrinho diz que tem de ter 5 senão ele não pode andar comigo)
- Multimédia: Entrada USB ou Cartão de Memória, Rádio/CD
- Audi A1
- Mazda 3
- Merecedes-Benz A180
Que me dizem, entendidos na matéria?
Etiquetas:
Carro,
Mudança,
Polo,
Volkswagen,
Zulmira
8.9.16
Sobre a Zulmira
O meu carro, aquele que tenho em Portugal, está em vias de ser trocado. Ele teve um problema no início de Agosto. Foi obrigado a ser rebocado, foi obrigado a ir ao mecânico e ficou arranjado. Levou uma caixa de velocidades nova. Fui ao casamento do meu primo JP e tive de trocar a lampâda do farol esquerdo, que não tinha luz. Há uma semana fui à Noite Branca, a Braga (sempre fui!), e a porta do lado do condutor não abria. E agora, da noite para o dia, ficou com o vidro da frente estalado. Lol Pois bem, resta-me comprar um automóvel novo. O mais rapidamente possível. Em Novembro ele aka Zulmira tem de ir à inspecção, e no estado que se encontra dá chumbo. E não me está apetecer gastar mais dinheiro num carro que tem quase doze anos. Mudo-me para qual? Eis a questão! Vai ser uma tarefa difícil...
Etiquetas:
Carro,
Mudança,
Polo,
Volkswagen,
Zulmira
5.12.14
Renovação do meu blogue
Chegou a hora de falar-vos da tal mudança feita aqui no estaminé. A ideia
partiu de mim, óbvio, mas não fui eu que tratei do aspecto estético. Desta vez,
a renovação não foi feita pelas minhas mãos. A mestre chama-se Joana, é a autora do "Written by Joana", e tem um forte gosto pelo design. Cruzei-me com ela numa das minhas
rondas pelos meus blogues de eleição. Foi no “La Joie de Vivre”, da bela e viajada Cláudia, que a conheci. A Joana modificou-lhe o layout, e eu decidi abordá-la para me fazer o mesmo. Ela aceitou a proposta com agrado e entusiasmo. No entanto, a mudança não se fez de um dia para o outro, nem numa semana, demorou mais tempo. E porquê? Porque andamos um bocado desencontradas, eu estive mais que uma vez fora, em viagens. Mas comuniquei-lhe que não tinha pressa referente a este assunto. Na altura nem tinha ideia de que forma o queria alterar. Inicialmente queria um cabeçalho na minha página e mudar a cor laranja nas ligações de links e comentários. Modernizar o aspecto! Devo confessar que eu detestava a cor laranja e passei a gostar da cor, acho que muito derivado ao template anterior. Pensei melhor no assunto, e disse à Joana o que queria ainda acrescentar mais (ligações para as redes sociais), e quais as minhas cores e motivos predilectos. E com o pouco que lhe disse, ela presentou-me este resultado! Mesmo, mesmo como eu idealizava. Está mais fresco. Está mais dentro daquilo que se vê hoje em dia, mas continua a ter a minha simplicidade. E eu sou uma sonhadora, que adora a natureza. Espero não me cansar do verde (de esperança). Lol Surpreendeu-me com as ligações, com os símbolos para as categorias na lateral. E ainda personalizou-me um favicon. Ou seja, fez mais do que aquilo que eu pretendia. Adorei, e já lhe agradeci. Quem quiser fazer alterações nos seus blogues e não saiba ou não tenha paciência para tal (como eu perdi a minha...) dê uma espreitadela no "Written by Joana". Lá têm toda a informação necessária. A procura tem sido imensa e eu faço votos para que a Joana tenha sucesso com este seu novato projecto em ajudar e renovar páginas.
Etiquetas:
2014,
Blogger,
Mudança,
Template,
Written by Joana
29.11.14
Houve mudanças aqui no estaminé
Como já devem ter reparado, o meu blogue tem um novo look! Este ano tem sido o ano de mudanças na minha Vida, e como tal achei que estava na hora de alterar também este meu diário aberto. E aqui está ele, a respirar outro ar. Mais tarde falarei mais sobre esta mudança.
Subscrever:
Mensagens (Atom)