World Cup 2010 | Acabou-se.

A vizinha Espanha mandou Portugal para casa. Um golo de David Villa em fora-de-jogo foi o único tento que o inspiradíssimo Eduardo sofreu neste Mundial.

Nunca critiquei o Carlos Queiroz mas a derrota de ontem teve a mão dele. As escolhas e opções que tomou não foram as mais acertadas e lógicas. Ter tirado o Hugo Almeida quando ele era o avançado que estava a dar mais trabalho à defesa espanhola não fez qualquer sentido.

Aquela vedeta do Cristiano Ronaldo só tem é paleio para o que lhe interessa, de resto, está-se a marimbar para a Selecção. Não sabe o que diz da boca para fora, muito menos o que faz. Não sente a camisola, não canta o hino nacional, nem tão-pouco joga com entusiasmo pelas cores da nossa nação. É imaturo, não sabe as responsabilidades que tem como capitão da equipa. Como disse o Luís Figo (este sim, tem carácter e foi mesmo um senhor em campo!), um capitão independentemente do insucesso ou sucesso deve sempre defender o grupo, independentemente de sair prejudicado em termos de imagem, e acima de tudo, deve nos momentos difíceis dar a cara pelo grupo. Coisa que o gajo-que-se-porta-como-um-puto-mimado não sabe o que é, nem o faz. Ele tem de perceber que não está acima de ninguém na equipa. Umas boas lições de humildade são necessárias urgentemente.

Apesar de termos saído desta competição nem tudo foi mau e péssimo (muito, mas muito pior fez a Itália e a França). Vou guardar na minha memória as três primeiras exibições, em destaque para a goleada dos 7-0 frente à Coreia do Norte e o empate a nulo contra a Canarinha que ocupa o primeiro lugar do Ranking da FIFA. Em termos individuais tivemos o Eduardo a brilhar com as excelentes defesas, saindo da prova com apenas um golo sofrido (ainda vai ser o guarda-redes menos batido deste Mundial). É agora cobiçado por meia Europa! E eu como adepta do Braga vou ficar triste por vê-lo sair, mas um triste com cheiro a felicidade porque ele merece dar um salto para um clube maior e de prestígio e por isso só lhe desejo as maiores alegrias a todos os níveis. É um homem com um H grande, e um profissional de alta qualidade!

Outros que se destacaram, que também fizeram a diferença e por isso dou um aplauso: Bruno Alves, Fábio Coentrão, Hugo Almeida, Raul Meireles, Ricardo Carvalho e o Tiago.

Nem imaginam como me soube tão bem este dia de trabalho. Toda a gente me veio dizer que Portugal tem um herói na baliza, e que se todos fossem como ele teríamos ganho a partida. Fiquei tão orgulhosa com estas palavras e comentários de vários colegas de várias nacionalidades que só por isto valeu a pena ter perdido algumas horas a ver este Mundial da África do Sul, Waka, Waka!