Então foi assim, fui na companhia de uma amiga minha e a mãe dela. Elas nunca tinham estado naquela metrópole antes. Saímos daqui no dia 27 de Dezembro, segunda-feira, após a hora de almoço. Viajámos pela Air France (City Jet) e devo dizer que foi tranquilo, e com direito a um lanche de borla. Partimos de Zurique com destino ao Charles de Gaulle.
No aeroporto apanhámos o comboio em direcção ao centro de Paris. Nesse mesmo comboio quem é que estava lá dentro? Um bêbado! Um homem de pele preta que cheirava a álcool bem à distância e não se calava um segundo! Ele encontrava-se uns metros à nossa frente, mas gritava tão alto, mas tão alto. Tivemos de o aturar durante meia-hora. Não foi pêra doce! Mal chegámos à estação Denfert-Rochereau mudámos para a linha quatro do Metro de Paris. O nosso destino final era: Porte d'Orléans, estação terminal daquela linha. Chegámos, saímos, subimos até à superfície e demos logo de caras com o Hotel que tínhamos reservado para os restantes dias, o Hotel Acropole, de três estrelas. Vi-me grega para escolher um Hotel que tivesse quartos triplos e que fosse minimamente decente sem ser assim muito caro. Inicialmente tinha um outro reservado, mas depois de ter lido os comentários que existem em várias páginas de reservas não gostei, só havia criticas, e a maior parte das pessoas diziam que o Hotel não tinha nada a ver com aquilo que aparecia na Internet. Conclusão, quando vi aquilo apressei-me a procurar outro e foi então que encontrei o Hotel Acropole.
E devo dizer que superou todas as expectativas. Deram-nos um quarto no sexto andar, o quarto número 66. Espaçoso (em França os quartos costumam ser miniaturas), e com três divisões: a entrada, a casa de banho e o quarto. Com tudo que uma pessoa precisa. Sentimo-nos mesmo acomodadas e em casa. Os colchões eram bem confortáveis. E o que é que víamos das nossas janelas? A Torre Eiffel ao fundo! Então à noite a vista era uma beleza com a iluminação. Após termos pousado as nossas coisas, escolhido quem é que dormia com quem, descemos e fomos à descoberta! A minha amiga M. quis andar, sem destino. Ver como é que eram as ruas parisienses. Fomos, e descemos a Avenue de la Porte d'Orléans. Passámos pelos CTT, por restaurantes (embora muitos estivessem com as portas fechadas), por muitos outros hotéis, por supermercados, pelo Banque de France, pela Renault, por uma empresa de banheiras, pela Shell, pela Babyliss (luz azul é o que não falta lá!), por uma farmácia, enfim, por uma variedade de coisas. Até que ao fim de 1,5km (andámos um bom pedaço) chegámos à Place de la Vache Noire. As vacas perseguem-me (eu tenho uma panca por vacas)! Encontrámos na esquina um Centro Comercial com o mesmo nome. Como já estava na hora, e as nossas barrigas estavam a dar horas, entrámos e fomos jantar. Jantámos, e fizemo-nos de volta à estrada. Usámos o mesmo trajecto.
Apanhámos o Metro na Porte d'Orléans e mudámos em Raspail para a linha verde. Metemo-nos em direcção a Étoile, e saímos em Bir-Hakeim. Fomos à Torre Eiffel! Nem imaginam a ventania e o frio que apanhámos debaixo do monumento mais importante de França. Não conseguimos estar ali cinco minutos. Foi tirar umas fotos e meter-nos a mexer. Atravessámos a ponte Pont d'Iéna, e demos de caras com o Mercado de Natal dos jardins do Trocadéro.
Finalmente, alguma coisa que eu vi com decorações de Natal! Mesmo assim, chegámos no fim. Só encontrámos umas casinhas ainda abertas. A mãe da M. ainda pediu e bebeu um vinho quente para aquecer. Demos a volta ao Mercado todo. Quando chegámos à saída já estava um segurança pronto para fechar o recinto. Dirigimo-nos para o Metro e regressámos a Porte d'Orléans. O que é que voltámos a encontrar? Outro bêbado falador. Nem queríamos acreditar! A nossa sorte, é que este abandonou mais cedo o Metro. Mas antes de chegarmos ao nosso destino ainda apanhámos outro susto. Da estação de Alésia (a penúltima da linha) a Porte d'Orléans ao passarmos num certo sítio a luz falhou! Ficámos todos às escuras durante uns segundos. Escusado será dizer que a mãe da M. ficou aterrorizada. A partir daquele momento ficou a detestar andar de Metro! Saímos, subimos mas não fomos logo para o Hotel. Fomos experimentar um bar/café/restaurante de nome Pomme Rouge, onde só tínhamos de passar a passadeira. E o que é que eu tomei? Um chocolate quente e para acompanhar comi um crêpe de chocolate. Uma delícia! Ainda por cima o garçon sempre que passava por nós dava-nos um enorme sorriso (e bem bonito por sinal) e piscava o olho. Saímos de lá com a certeza que iríamos voltar. Fomos para o Hotel porque já estávamos cansadas e queríamos dormir.
5 comentários:
Eu não li tudo, confesso. Mas também gosto de Paris. :)
E isso é que foi uma jornada e tanto! Deste-me vontade de voltar a Paris e passear imenso! :)
Beijinho *
Fiquei ainda com mais vontade de ir a Paris.
Despacha-te lá com o relato do 2º dia. Ihih
Beijocas
É impossível andar no metro em França e não apanhar um bêbado falador. É uma instituição. Da última vez que lá fui com aminha mulher, apanhámos um no RR para Charles de Gaule. Era novo, estava com uma enorme «bezaina» e gritava como um louco. Antes de sair, o toque de classe: sacou de uma navalha e ficou a olhar para mim. Eu fiquei a olhar para ele... com a mala pequena já preparada para voar na direcção dele. Mas saiu tranquilo da composição - bêbado e a falar. Faz parte do folclore :P
Paris é lindo e deve ter sido tão fixe! :)
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