Belenenses 0 - 5 Sp. Braga

Os comentadores da SportTv estavam a torcer por uma vitória do Belenenses, mas o tiro saiu-lhes pela culatra. Quando o Paulo César marcou o seu primeiro golo na partida, eles ficaram logo sem palavras e estavam mortinhos que o jogo terminasse. Deixaram de imediato de mostrar qualquer interesse em estarem ali a trabalhar.

Gostei de ver o Wender, depois daquela queda de Eduardo, a dar-nos a bola e os adeptos do Belém a assobiarem-no. Foi fair-play, ok? A equipa minhota entrou com uma atitude positiva no Restelo, com um espírito fantástico e podia estar a ganhar por mais que uma bola ao intervalo. Quem marcou esse primeiro golo foi Rentería, admirei-me não ter falhado.

Durante a pausa de 15min só pedia para que entrassem no segundo tempo com o mesmo empenho e os Gverreiros do Minho não me desiludiram! Conseguiram marcar mais quatro bolas (2x Paulo César, 1x Rentería, 1x Alan). Um autêntico show. Ainda estava à espera do sexto golo, só que o Matheus não conseguiu acertar na baliza. Quero e vou realçar a posição de alguns jogadores que brilharam frente a um Belenenses descontrolado, prestes a receber o carimbo para a Liga de Honra. O Rentería não falhou, nem o reconheci em campo! Onde é que ele andou toda esta época? O Filipe Oliveira esteve este tempo todo de fora à conta do combatente do João Pereira, mas entrou como titular com toda a naturalidade do mundo; foi um valente! Porque é que a luta burocrática demorou tanto tempo? Temos um Edimar a defender muito bem a nossa batalha. Aquele César que tenho vindo a criticar, simplesmente não existiu. Tivemos um Peixto de qualidade! Aquele Alan tem estado mais parecido com o capitão da camisola 47; velocidade e inteligência em pessoa. O amarelo mostrado ao Leone é exagerado. Ele não o merecia, foi uma falta normalíssima. Foi dado o cartão claramente por má vontade de Jorge Sousa.

Na segunda-feira ficou provado algo que eu tenho dito. As lesões que o SCB tem vindo a ter não são motivos para as más actuações das jornadas anteriores, mas sim falta de ambição, de vontade própria. Poderíamos estar a esta hora mais descançados e mais encostados ao terceiro lugar (ou então mais acima, se falar das arbitragens). Ainda é possível, e estamos acreditar, mas é uma tarefa mais difícil. Não dependemos só de nós.