19.4.11

A aventura na Ucrânia (Day 1)

A viagem de 'dois dias' à capital da Ucrânia correu bem, superou todas as minhas expectativas. É que isto de ter viajado em cima da hora podia ter dado para o torto, mas felizmente correu tudo lindamente. Comecei a planear a viagem logo que saiu o sorteio dos quartos-de-final da Liga Europa, só que depois tive de abrandar o ritmo porque por motivos profissionais a hipótese de poder tirar os dois dias pretendidos estava quase fora de questão. Mas, a verdade é que me deixaram ir, e eu fui. E não posso deixar em branco que se preferisse ir a Braga ver a segunda mão, na passada quinta-feira, teria de desembolsar três vezes mais pela viagem de avião. Gastar um balúrdio por apenas dois dias não entra na minha ética pessoal, a não ser que seja algo deveras importante. Assim, no meu ponto de vista a viagem ficou-me barata, graças à Wizz Air (aviões em tons de rosa e roxo) que anda com umas promoções jeitosas, e fiquei a conhecer uma das maiores e antigas cidades da Europa. Confesso que estava com algum receio por ir para um país que já pertenceu à União Soviética e que só se tornou independente no ano de 1991. É que ainda por cima 99% da população apenas fala ucraniano e/ou russo, e da língua inglesa não pescam nada, já para não falar do alfabeto cirílico. Mas como já disse, apesar dessa barreira comunicativa não tive qualquer problema. Pisei o chão de Kiev às 00h50, já do dia 7 de Abril. O aeroporto de Zhulhany é uma coisa minúscula que mais parece uma garagem. Mas não nos livramos de passar pelo Pass Control. Sou portadora de Passaporte há 16 anos, e foi preciso ir à Ucrânia assistir a uma partida de futebol para receber os meus primeiros dois carimbos. Nunca saí da Europa, nem nunca tinha estado em algum país que não pertencesse à UE, tirando a Suíça e Liechtenstein, mas isso são casos à parte. Tive de responder a uma data de perguntas que o gajinho que se encontrava numa das cabines decidiu fazer. Se era a minha primeira vez na Ucrânia, em que cidade iria ficar, em que Hotel, por quantos dias seria a estadia, etc. Gravou todas as informações para o computador. Ao meu amigo que me acompanhou nesta aventura não lhe colocaram qualquer questão. Mal saímos da porta fora vimos logo cerca de duas dezenas de pessoas, quase todos eles com ramos de flores nas mãos, à espera do pessoal do nosso voo. Um velhote não identificado viu-nos a sair e perguntou-nos logo se precisávamos de algum 'táxi'. Ele não conhecia o nosso Hotel, mas não hesitou e foi logo perguntar a um conhecido onde é que ficava. Explicou-lhe. Combinámos um preço, e lá nos levou para o Royal City Hotel. E como o Hotel fica nas traseiras de um outro edifício não demos logo com o sítio. O velhote sempre disponível para tentar saber, não descansou até não nos deixar à porta do Hotel de quatro estrelas. Este tipo de serviço é completamente normal naquele país. Foi das coisas que li antes de embarcar, daí termos aceite sem qualquer preocupação. Entrámos no Royal City Hotel, fizemos o Check-In, e tínhamos a felicidade estampada nos rostos por tudo ter corrido às mil maravilhas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Chamar "garagem" ao aeroporto até é um elogio, eu chamei-lhe "dispensa" sempre que falei dele :P

Mas o taxista foi mesmo porreiro, pena que, como todos os outros, se fartasse de nos falar em ucraniano (mas devagar para nós percebermos bem!) para explicar que não encontrava o hotel, mas só desistiu quando deu com ele :D

E sim, a felicidade era a palavra de ordem... e algum cansaço também LOL

Martinha disse...

E isso é que foi uma chegada bem diferente de todas as outras. Espero que o outro dia tenha sido bom também. :)

Nadine Pinto | Fotografia disse...

Fartei-me de rir com a da garagem.
Eu cheguei agora. Venho a vomitar Torre Eiffel, mas foram as melhores férias da minha vida!