Um dia para esquecer!

Começou mal e acabou de uma certa forma também não muito boa. Eu sabia que tinha um dia muito longo e cheio de trabalho pela frente, mas chegar à empresa e a primeira coisa que a minha colega do meu gabinete principal me diz, é que, à tarde ia a uma entrevista de emprego. Fiquei logo mal. Pus-me a pensar como é que seria se ela assim de um momento para o outro se fosse embora. Quando já tinha essa história tirada do meu pensamento, eis que recebo um telefonema de uma amiga minha a convidar-me para almoçarmos juntas e para me informar que já não ia dar para irmos a Madrid (a viagem que tínhamos planeada e reservada).

Ok, lá fui. Apesar de ter chegado ao local combinado três minutos atrasada. Olhei à volta não vi ninguém, segui em frente, fui buscar a comida, paguei, sentei-me numa mesa ao pé da janela e quando ia começar a almoçar toca o telemóvel. Era a irmã dessa minha amiga. Perguntou-me se eu sabia alguma coisa da outra porque tinha combinado em ir buscá-la para vir almoçar connosco e até ao momento não tinha aparecido. Respondi-lhe que não sabia de nada. Eu já estava irritada, mas não deixei de ficar um pouco preocupada com a situação. Que era normal se atrasar, isso já não era novidade para ninguém, agora assim tanto tempo?!

Passado meia-hora chegou, veio à minha mesa, disse "Sorry, tá?", e lançou-se para ir buscar algo para comer. Quando se sentou, nas maiores das alegrias, não me explicou a razão do seu atraso! Começou logo a falar de outras coisas. Uma pessoa no seu perfeito juízo teria enviado uma sms, ou feito um telefonema a indicar o seu atraso, não acham? Ou pelo menos teria dito o porquê logo quando chegasse.

Sobre o cancelamento da ida a Espanha, quase nem piou. Ou seja, quando regressei de Portugal depois do Ano Novo a minha intenção era voltar para a Páscoa, só que, como a vontade dessa minha amiga era passar os seus anos fora daqui, lá lhe fiz a vontade e marcámos a viagem. E agora, vem dizer que já não pode porque tem de ir apresentar uma coisa no dia de embarque, e tem de ser ela. Fiquei pior que estragada. Se já sabia que não estava cá por que raios é que foi combinar outras coisas?! Foi a segunda vez que me fez isto. E por mim não hávera uma terceira oportunidade. Acabou.

À irmã que ainda frenquenta a escola secundária pediu para se baldar às aulas e ir às compras com ela, como tinha a tarde livre. E estou a falar-vos de alguém que naquela altura de estudante só pensava em marrar e nada de saídas. Estou cheia do egoísmo da parte dela. Esgotei. Não quero saber mais. Quero ver-me longe das pessoas que só pensam em si, e se estão borrifando para aqueles que lhes são mais próximas. É triste, mas não aguento mais isto. Isto foi somente o cúmulo de muitas outras coisas.

À tarde, na empresa só andei de um lado para o outro por causa da nova aquisição do Dpt. de Qualidade. Mas ao fim soube bem ouvir um "Muito obrigada Cidália, se não fosses tu não teríamos isto tudo pronto para a nossa nova colega!"
Estou esgotadíssima. E ainda com um derby Minhoto por ver!