Esta época o Sp. Braga chegou mais cedo a liderança da Liga. Bastaram sete jornadas para os comandados de Jesualdo Ferreira atingirem o topo da classificação e fizeram-no sem grandes ondas ou alaridos. E parece ser assim que querem preservar o primeiro lugar, ou seja, nada de euforias ou deslumbramentos que possam retirar a equipa do caminho que a pode levar a conquista de um título. Ninguém o assume, mas que todos o desejam...
Na sexta-feira, e depois de vencer o Rio Ave em Vila do Conde, por 1-2, o Sp. Braga isolava-se na liderança da Liga. No dia seguinte, via o Nacional e o FC Porto escorregarem e ficarem para trás. Em Braga vislumbrou-se um sorriso de satisfação e de confirmação. Começa a provar-se que, afinal, aquilo que o clube conseguiu o ano passado nao foi fruto dos caprichos da sorte e cada vez menos cola a desculpa de que o campeonato português anda nivelado por baixo. Se na época anterior o primeiro lugar chegou a jornada 19, após vitória esclarecedora no Dragão (1-3), agora o cume é alcançado bem mais cedo, quando apenas se jogaram sete rondas e quase sem mácula. Isto é, zero em derrotas e apenas um golo sofrido — aconteceu na última ronda e num lance infeliz de Andrés Madrid, que marcou na própria baliza. Há quem acuse a equipa de poupança na hora de atirar para o golo, contabilizando apenas sete tentos marcados, mas convém lembrar os problemas que o treinador Jesualdo Ferreira encontrou ao ver os avançados Joao Tomás e Delibasic lesionarem-se.
O afastamento da Taça UEFA, frente ao Estrela Vermelha, e a forma inglória como sucedeu, poderia ter afectado o grupo para o futuro imediato, mas a experiência de Jesualdo é uma importante mais-valia em momentos como esse. No lugar de esmorecimentos, parece ter brotado uma revolta interior que já começa a dar frutos.
