4.2.16

Em fase de superação

O princípio do ano é sempre uma boa altura para revermos os nossos objectivos de Vida, adicionarmos novos propósitos ou abandonarmos outros. Definitivamente, para mim foi: Ano novo, e o recomeço de uma Vida nova. Pela razão de força maior que foi. Perdi a pessoa mais importante, aquela que mais me admirava e me compreendia, aquela que era uma ternura e que nunca me cortou as asas. O tempo que vivi em sufoco, e este que tenho vivido sem ele, tem-me ajudado a perceber muitas coisas. A Vida são dois dias. Uma pessoa pode estar bem, e amanhã já cá não estar. Aprendi a viver às claras. Nada de incertezas. Nada de importar-me com coisas insignificantes. Aprendi a pensar com a minha cabeça e a respeitar as opiniões do meu coração porque a melhor maneira de resolvermos um problema é percebermos que ele não passa de uma coisa que achamos complicada, mas que se pensarmos é bastante fácil de resolver. E há maneiras de o fazer, as consequências podem ser dolorosas, mas tem o seu propósito e só mais tarde podemos descobri-lo e entendê-lo. Perceber e aceitar as coisas é uma capacidade que vamos adquirindo com a idade e com as experiências da Vida. E eu, convivendo com pessoas de várias culturas, onde a maior parte delas são todas mais velhas do que eu traz as suas vantagens. Viver um dia de cada vez, intensamente cada momento, é esse o meu novo lema. E isso é arrecadar mais uma vontade de modificar o que por vezes achamos estar mal em nós. Não vou ficar a lamentar-me por algo que não valha a pena. É hora de ser feliz, esquecer tudo que me faz mal, focar-me na minha felicidade. Ir em frente. Sem cometer loucuras (e sim, já me passou pela cabeça atirar-me abaixo de uma ponte), nem perder a dignidade. Todos passámos por obstáculos. E eu, estou a passar talvez pelo mais doloroso. A Vida é assim, temos que cair para aprender a levantar, temos que sofrer para ser feliz, temos que chorar para sorrir. Por isso, tudo tem seu tempo, o seu momento e a sua hora. Já caí, já chorei, estou aprender a levantar-me. Agora com atitudes mais ponderadas e raciocinais. Se quero, quero, se não quero, não quero. Simples. Este é o ano da mudança, em todos os aspectos. As minhas decisões para os próximos tempos estão tomadas. Vou correr os meus riscos, fazer o que ainda não foi feito. Seguir os meus sonhos. Voltar a ser aquela miúda alegre, bem-disposta, descontraída e humorada. Ser uma Gverreira e ser feliz no meu combate. Resta esperar, resta acreditar que tudo vai ficar bem. Por ti, Papá.

4 comentários:

Andreia Barbosa disse...

Agora há que seguir em frente.... já diz o velhinho ditado que depois da tempestade, vem a bonança. Podes agora estar a passar uma fase má, da qual te trouxe a perda de alguém que te era especial, mas há que levantar a cabeça, ser forte e reencontrar o caminho da felicidade... fâ-lo por ti e pelos teus!
Tudo se resolve, na vida estamos constantemente a aprender a sermos felizes de formas distintas e morreremos sem sabê-las todas.
Muita força!
Beijinho <3

Cidadã do mundo desconhecido
http://cidadadomundodesconhecido.blogspot.pt/

Andreia Morais disse...

Muita, muita força!

Isa Sá disse...

O que é preciso é ter força e acreditar...

Isabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

Patrícia disse...

Perder alguém que amamos marca-nos para a vida, é doloroso, é uma dor que parece que nunca vai acabar. Mas o tempo não pára, ele continua a avançar, e por muito que a dor nos consuma, não podemos parar de viver, temos de continuar, no início por aqueles que se foram mas com o avançar do tempo começa a ser por nós. É preciso é calma, dar espaço para que o tempo amenize as dores, e nunca esquecer do propósito da vida, do que te fez chegar até aqui, acho que essa será a melhor homenagem que lhe poderás fazer.

beijinho :)
www.blogasbolinhasamarelas.blogspot.pt